quarta-feira, 30 de julho de 2014

A Arte Renascentista - ARTES

Na medida em que o Renascimento resgata a cultura clássica, greco-romana, as construções foram influenciadas por características antigas, adaptadas à nova realidade moderna, ou seja, a construção de igrejas cristãs adotando-se os padrões clássicos e a construção de palácios e mosteiros seguindo as mesmas bases. 

ARQUITETURA 

Os arquitetos renascentistas perceberam que a origem de construção clássica estava na geometria euclidiana, que usava como base de suas obras o quadrado, aplicando-se a perspectiva, com o intuito de se obter uma construção harmônica. Apesar de racional e antropocêntrica, a arte renascentista continuou cristã, porém as novas igrejas adotaram um novo estilo, caracterizado pela funcionalidade e portanto pela racionalidade, representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega. Os palácios também foram construídos de forma plana tendo como base o quadrado, um corpo sólido e normalmente com um pátio central, quadrangular, que tem a função de fazer chegar a luz às janelas internas 






ESCULTURA 

Pode-se dizer que a escultura é a forma de expressão artística que melhor representa o renascimento, no sentido humanista. Utilizando-se da perspectiva e da proporção geométrica, destacam-se as figuras humanas, que até então estavam relegadas a segundo plano, acopladas às paredes ou capitéis. No renascimento a escultura ganha independência e a obra, colocada acima de uma base, pode ser apreciada de todos os ângulos. 
Dois elementos se destacam: a expressão corporal que garante o equilíbrio, revelando uma figura humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas; e as expressões das figuras, refletindo seus sentimentos. Mesmo contrariando a moral cristã da época, o nu volta a ser utilizado refletindo o naturalismo. 
Encontramos várias obras retratando elementos mitológicos, como o Baco, de Michelangelo, assim como o busto ou as tumbas de mecenas, reis e papas. 

 





PINTURA 

Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilização da perspectiva, através da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras, espaços reais sobre uma superfície plana, dando a noção de profundidade e de volume, ajudados pelo jogo de cores que permitem destacar na obra os elementos mais importantes e obscurecer os elementos secundários, a variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distâncias e volumes que parecem ser copiados da realidade; e a utilização da tinta à óleo, que possibilitará a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando maior ênfase à realidade e maior durabilidade às obras. 

 


WWW.historiananet.com.br

BARROCO - ARTES

A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII) mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis. As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista. É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria. 

Suas características gerais são:

• emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio. 
• busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas; 
• entrelaçamento entre a arquitetura e escultura; 
• violentos contrastes de luz e sombra; 
• pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida. 

PINTURA
Características da pintura barroca: 

• Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista. 
• Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade. 
• Realista, abrangendo todas as camadas sociais.
• Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática. 

Bruno Peron: Pensemos juntos na educação - ATUALIDADES

Que é possível fazer para estimular o interesse dos jovens nas escolas? Até o momento atual, estes espaços educativos são apenas condicionamentos precoces de crianças para que, quando elas cresçam, reconheçam suas condições como seres pobres ou ricos, ignaros ou letrados, marginais ou bem-sucedidos. 

Assim, digo que escolas têm cumprido a função de funis que canalizam lágrimas de uma sociedade educacionalmente desigual em que o Estado desestimula enquanto o mercado seleciona através de cobrança de mensalidades.

Faço um exame breve do ensino secundário no Brasil, portanto sem avaliar o ensino superior. Aos poucos, demonstro que o problema da educação está menos nas universidades, como muitos educadores apregoam, e muito mais na mentalidade dos jovens que terminam o ensino secundário. Esta etapa de sua formação é a que vai definir o nível dos cidadãos que se soltam nas arenas do mercado de trabalho e nas interações públicas. Não nos surpreendamos com que, na mesma calçada, seres mal-educados trombem com seres de nobreza cívica.

Para prosseguir meu raciocínio, é preocupante que os jovens tenham cada vez menos desejo de ir às escolas. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) indicam que somente 22,4% dos jovens de famílias pobres no Brasil completam o ensino secundário quando chegam aos 19 anos, enquanto 84,1% dos vinte por cento dos jovens de famílias mais ricas o terminam nesta idade (Priscilla Borges, iG Brasília, 29 de junho de 2014).

Ademais, meios de comunicação e profissionais da área informam-nos que escolas públicas são lugares de estrutura precária, professores desmotivados e sem autoridade, métodos enfadonhos de ensino-decoreba, tráfico de drogas, e provocações entre colegas que não se dão bem. Quando gestores escolares fazem algum investimento em infraestrutura e tecnologia, escolas viram cenário de furtos e vandalismo. Mostra-se, assim, desrespeito com a formação dos jovens e denigrem-se tentativas de construção de um país com cidadãos.

A meu ver, há dois objetivos essenciais em relação ao ensino secundário no Brasil. O primeiro é o de reduzir a evasão escolar para que os jovens estimulem-se a frequentar regularmente as escolas. Mas não basta que essas pessoas estejam nas escolas. O segundo é a necessidade de melhorar também o aprendizado e as técnicas com que se formam nossos jovens. Só assim a chance será maior de que tenhamos mais afinidades cívicas com as outras pessoas com quem nos encontramos nas calçadas. Enquanto alguém pacientemente preserva a limpeza de logradouros públicos, o outro não hesita em cuspir nos pés daquele transeunte.

Na situação atual, o ensino secundário prepara para o êxito no vestibular, mas descuida a formação para a vida. Muitas vezes, ainda, os professores descontam seus fracassos em estudantes que aguardam estímulos de educadores em casa e nas instituições educativas. Aponto também a chatice da formação formulaica (e.g. fórmulas de física, matemática) em prejuízo do preparo cidadão. Isto ocorre porque, muitas vezes, o próprio professor é um meio-cidadão que tem pouco a oferecer a seus ouvintes ávidos de conhecimento.

Por isso, o processo de aprendizagem tem que ser lúdico e agradável. É preciso, igualmente, relacionar o aprendizado científico, social e técnico com assuntos que estudantes experimentam em seu dia-a-dia. É possível fazer isso com visitas a feiras e laboratórios. Assim sendo, há esperança num despertar de interesse dos jovens no ambiente escolar e nos conhecimentos que melhorariam suas relações com os outros e seu entendimento do mundo.

A vida é cheia de imprevistos, situações que exigem raciocínio e desafios de relacionamento. Assim, a remuneração de professores não é tão simples para resolver o problema da educação como a fração hora/aula sugere. O interesse dos jovens, por sua vez, depende muito de que suas famílias esperam deles e do modelo de Brasil que o Estado e as organizações privadas e civis desejam. Por conseguinte, a educação implica o entendimento de fases e processos de formação de cidadãos. E ela continua a moldar os adultos que povoam este país.

Por isso, leitor, é importante que pensemos juntos na educação.

Igualmente, estendamos as mãos aos que têm fome de mudanças.


Salas de aula



http://www.vermelho.org.br/noticia/246536-10

Juíza tira 34 dias da pena de Genoino, e STF decidirá sobre prisão domiciliar - ATUALIDADES

A juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal Leila Cury descontou nesta quarta-feira (30) 34 dias da pena do ex-deputado federal e ex-presidente do PT José Genoino (SP), um dos condenados no processo do mensalão do PT e que cumpre pena no presídio da Papuda, nos arredores de Brasília.
Segundo dados da VEP, com os dias remidos (condenados que trabalham e estudam podem ter dias de pena descontados), Genoino já cumpriu um sexto da pena, exigência legal para a progressão de regime, e adquiriu em 20 de julho o direito de migrar para o regime aberto, cumprido em prisão domiciliar. Até agora, ele já cumpriu 8 meses e 16 dias da pena total de 4 anos e 8 meses.
A decisão da juíza será enviada para o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, relator das execuções penais do processo do mensalão do PT. Ele julgará pedido da defesa de Genoino para mudar do regime semiaberto para o aberto e ir para casa cumprir pena
Genoino foi preso em novembro do ano passado, mas passou mal dias depois e obteve direito a prisão domiciliar provisória.
Desde 1º de maio deste ano voltou ao presídio por decisão do ministro do STF Joaquim Barbosa, que se baseou em laudos médicos e entendeu que não havia necessidade de ele continuar a se tratar em casa. No dia 25 de junho, o plenário do Supremo confirmou que Genoino deveria continuar na cadeia porque não poderia ter "tratamento diferenciado" em relação a outros detentos.
Na ocasião, Barroso lembrou que Genoino teria direito a pedir progressão para o regime aberto a partir do dia 24 de agosto. Segundo Barroso, como não há estabelecimento penal específico no Distrito Federal para detentos do regime aberto, o ex-deputado teria benefício de cumprir a pena em casa.
Na decisão desta quarta, Leila Cury afirma que Genoino trabalhou e estudou dentro da cadeia e que deve ter 34 dias descontados e pede que os documentos sejam encaminhados "em caráter de urgência" para Barroso.
O pedido de Genoino é o segundo de progressão de regime apresentado por presos do mensalão do PT. Antes dele, pediu o benefício da prisão domiciliar o ex-tesoureiro do extinto PL Jacinto Lamas.
Pedido de progressão de Genoino
Os advogados afirmam que, apesar de faltar um mês para o cumprimento de um sexto da pena, Genoino teve 34 dias remidos em razão de trabalho e estudo dentro da cadeia.
No documento encaminhado à Justiça, a defesa de José Genoino afirma que, desde o retorno da prisão em 1º de maio, o ex-parlamentar trabalhou 42 dias na biblioteca do presídio, além de ter participado de dois cursos de educação à distância - direito constitucional com carga de 180 horas e introdução à informática e internet com carga de 60 horas.
Para a defesa, o ex-deputado preenche o requisito "objetivo" para mudar para regime de prisão mais brando, que é o cumprimento de um sexto da pena, e também o requisito "subjetivo", caracterizado pelo bom comportamento.
José Genoino (GloboNews)  (Foto: Reprodução GloboNews)

http://g1.globo.com

sábado, 26 de julho de 2014

Arte contemporânea-ARTES

Surgimento arte contemporânea: Na 
década de 1960, ao mesmo tempo em que os teóricos elaboravam suas teorias decorrentes muitas vezes dos avançoscientíficos e tecnológicos, foi inventado o primeiro computador gráfico, criado por K. Alsleben e W. Fetter, na Alemanha, assim como surgem os primeiros trabalhos de arte computacional (computer art, em inglês), em1965. A novidade sobre as "novas imagens" que surgiam nos computadores se relacionava mais ao modo de sua produção, de conceber a criação, de conservação, de armazenamento e de distribuição do que do seu conteúdo poético. Inicialmente se tratava de como as novas imagens eram criadas e não do porque. Quando o computador foi inventado, ele era visto como um simples instrumento. Mas logo passou a ser definido como um meio, uma mídia, ou melhor, um verdadeiro sistema que fazia uma releitura das mídias conhecidas até então, acrescentando novas possibilidades para a criação da imagem.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

artes - Mostra reúne arte contemporânea em fazenda histórica de Vassouras, RJ

Instalações e esculturas compõem exposição 'Casa Real 2014'.
Ela está aberta para visitas na Fazenda São Luiz da Boa Sorte.

Passado e presente se unem na exposição “Casa Real 2014”, atração em Vassouras, no sul do Rio de Janeiro. A mostra que reúne 12 instalações e esculturas de arte contemporânea, de artistas de diferentes gerações, está aberta para visitas na Fazenda São Luiz da Boa Sorte, imóvel de 1835 que é um belo exemplo da riqueza dos antigos barões do café.
Entre os trabalhos que podem ser conferidos no local está um colocado no lago da fazenda histórica. Lá, o visitante pode experimentar diversas sensações, a começar pela auditiva: uma instalação sonora imita sons de animais, aproximando mais o público da natureza. Ela é resultado da parceria entre os artistas Saulo Laudares e Franz Manata.
“O grande desafio foi transmitir um pouco da sensação de todo a fazenda condensada aqui nessa árvore. Então a gente passou um tempo fazendo a gravação dos sons que eram mais importantes e mais significativos aqui no espaço e fizemos uma proposta para o visitante desacelerar”, conta Saulo.
O resultado são nove minutos de “ecologia acústica”. Além dessa obra, a fazenda recebe dois curiosos fuscas que dividem as quatro rodas, uma parede grafitada que traz a paisagem urbana, uma instalação que lembra um morro em meio ao terreno pleno, entre outras. Veja galeria de fotos com trabalhos reunidos na exposição.
Além da arte na parte exterior, o interior da fazenda é uma atração à parte. Na casa grande, mais de 280 peças de antiquários do Rio de Janeiro e de São Paulo mostram o luxo que o café podia comprar. Trinta cômodos foram redecorados, cada um com um tema diferente.
“Gostaria de formar ou dar início a uma nova plateia de cultura. Me dá muito prazer receber pessoas e mostrar coisas que as pessoas jamais viram”, diz Liliana Rodriguez, idealizadora da mostra.

  Instalação sonora foi aplicada em árvore pela mostra Casa Real 2014, atração na Fazenda São Luiz da Boa Sorte, em Vassouras (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
  

Atualidades- Internet noticiou do seu jeito o Mundial que terminou neste domingo (13).

Do dia 12 de junho a 13 de julho, #tevemuitacopa pelo Brasil inteiro. Sediando a competição pela segunda vez , o Brasil recebeu seleções e turistas com festa tanto na vida real quanto no mundo virtual. Brincadeiras, memes e menções ao jogadores movimentaram as redes sociais e sites. Por um mês, só se falou de Copa.
A primeira fase do Mundial foi apelidada como “Copa América de Luxo”. Oito dos 10 participantes das Américas foram para as oitavas-de-final. A próxima fase ficou marcada como Copa das Prorrogações. De 8 jogos, 4 foram para os 30 minutos adicionais. No primeiro dia da semi, uma derrota histórica de 7 a 1 para a Alemanha adiou o hexacampeonato do Brasil.
Pelo menos os alemães não deixaram a Argentina virar campeã em pleno Maracanã, e levaram a taça, sagrando-se tetracampeões do mundo.
Veja abaixo uma seleção de fotos, GIFs e memes com o que marcou nesta Copa do Mundo 2014:











http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2014/07/o-que-teve-copa-do-mundo-em-fotos-gifs-e-memes.html

Arte - Impressionismo

O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista. 

Principais características da pintura: 

• A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol. 
• As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens. 
• As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado. 
• Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos. 
• As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica. 

A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura. 

Frida Kahlo ARTES

Frida Kahlo nasceu em 6 de julho de 1907 na casa de seus pais, conhecida como La Casa Azul (A Casa Azul), em Coyoacán, na época uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México e hoje um distrito.
Seu pai, Guillermo Kahlo (1871-1941), nasceu Carl Wilhelm Kahlo, em Pforzheim Alemanha, filho de Henriette Kaufmann e Jakob Heinrich Kahlo. A própria Frida afirmava que seu pai era de ascendência judaico-húngara,3 mas pesquisadores demonstraram que os pais dela não eram judeus, mas luteranos alemães.4 Guillermo Kahlo chegou ao México em 1891, aos 19 anos de idade, e logo mudou seu nome alemão, Wilhelm, para o equivalente em espanhol, "Guillermo".
A mãe de Frida, Matilde Gonzalez y Calderón, era uma católica devota de origem indígena e espanhola.5 Os pais de Frida se casaram logo após a morte da primeira esposa de Guillermo, durante o nascimento do seu segundo filho. Embora o casamento tenha sido muito infeliz, Guillermo e Matilde tiveram quatro filhas, sendo Frida a terceira. Ela tinha duas meio-irmãs mais velhas. Frida ressaltava que cresceu em um mundo cheio de mulheres. Durante a maior parte de sua vida, no entanto, Frida se manteve próxima do pai.
Em 1913, com seis anos, Frida contraiu poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo da vida. A poliomielite deixou uma lesão no seu pé direito, pelo que ganhou o apelido de Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de pau). Passou a usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas pessoais.
Ao contrário de muitos artistas, Kahlo não começou a pintar cedo. Embora o seu pai tivesse a pintura como um passatempo, Frida não estava particularmente interessada na arte como uma carreira.
Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelagem.
Em 1925, aos 18 anos, aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. Então sofreu um grave acidente. Um bonde, no qual viajava, chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou-lhe as costas, atravessou sua pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia. Frida ficou muitos meses entre a vida e a morte no hospital, teve que operar diversas partes e reconstruir por inteiro seu corpo, que estava todo perfurado. Tal acidente obrigou-a a usar coletes ortopédicos de diversos materiais, e ela chegou a pintar alguns deles (como o colete de gesso da tela intitulada A Coluna Partida').
Durante a sua longa convalescença, começou a pintar, usando a caixa de tintas de seu pai e um cavalete adaptado à cama.
Em 1928, entrou no Partido comunista mexicano e conheceu o muralista Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples, num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita frequência temas do folclore e da arte popular do México.
Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit, com Rivera. Entre 1937 e 1939, recebeu Leon Trotski em sua casa de Coyoacán.
Em 1938 André Breton qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declarou mais tarde: Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.
Em 1939 expõe em Paris na galeria Renón et Colle. A partir de 1943 da aulas na escola La Esmeralda, no D.F. (México).
Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea desta mesma cidade organiza uma importante exposição em sua honra.
Alguns de seus primeiros trabalhos incluem o Auto-retrato em um vestido de veludo (1926), Retrato de Miguel N. Lira (1927), Retrato de Alicia Galant (1927) e Retrato de minha irmã Cristina (1928).

Artes - A arte moderna


Há controvérsias sobre os limites temporais do moderno e alguns de seus traços distintivos: como separar clássico/moderno, moderno/contemporâneo, moderno/pós-moderno. Divergências à parte, observa-se uma tendência em localizar na França do século XIX o início da arte moderna. A experiência urbana - ligada à multidão, ao anonimato, ao contingente e ao transitório - é enfatizada pelo poeta e crítico francês Charles Baudelaire (1821 - 1867) como o núcleo da vida e da arte modernas. O moderno não se define pelo tempo presente - nem toda a arte do período moderno é moderna -, mas por uma nova atitude e consciência da modernidade, declara Baudelaire, em 1863, ao comentar a pintura de Constantin Guys (1802 - 1892). A modernização de Paris - traduzida nas reformas urbanas implementadas por Haussmann, entre 1853 e 1870 - relaciona-se diretamente à sociedade burguesa que se define ao longo das revoluções de 1830 e 1848. A ascensão da burguesia traz consigo a indústria moderna, o mercado mundial e o livre comércio, impulsionados pela Revolução Industrial. A industrialização em curso e as novas tecnologias colocam em crise o artesanato, fazendo do artista um intelectual apartado da produção. "Com a industrialização, esse sistema entra em crise", afirma o historiador italiano Giulio Carlo Argan, "e a arte moderna é a própria história dessa crise."

O rompimento com os temas clássicos vem acompanhado na arte moderna pela superação das tentativas de representar ilusionisticamente um espaço tridimensional sobre um suporte plano. A consciência da tela plana, de seus limites e rendimentos inaugura o espaço moderno na pintura, verificado inicialmente com a obra de Éduard Manet (1832 - 1883). Segundo o crítico norte-americano Clement Greenberg, "as telas de Manet tornaram-se as primeiras pinturas modernistas em virtude da franqueza com a qual elas declaravam as superfícies planas sob as quais eram pintadas". As pinturas de Manet, na década de 1860, lidam com vários temas relacionados à visão baudelairiana de modernidade e aos tipos da Paris moderna: boêmios, ciganos, burgueses empobrecidos etc. Além disso, obras como Dejeuner sur L´Herbe [Piquenique sobre a relva] (1863) desconcertam não apenas pelo tema (uma mulher nua, num bosque, conversa com dois homens vestidos), mas também pela composição formal: as cores planas sem claro-escuro nem relevos; a luz que não tem a função de destacar ou modelar as figuras; a indistinção entre os corpos e o espaço num só contexto. As pesquisas de Manet são referências para o impressionismo de Claude Monet (1840 - 1926), Pierre Auguste Renoir (1841 - 1919), Edgar Degas (1834 - 1917), Camille Pissarro (1831 - 1903), Paul Cézanne (1839 - 1906), entre muitos outros. A preferência pelo registro da experiência contemporânea, a observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações visuais imediatas, a suspensão dos contornos e dos claro-escuros em prol de pinceladas fragmentadas e justapostas, o aproveitamento máximo da luminosidade e uso de cores complementares favorecidos pela pintura ao ar livre constituem os elementos centrais de uma pauta impressionista mais ampla explorada em distintas dicções

POP ART

A Pop Art  é uma escola que utiliza em suas representações pictóricas imagens e símbolos de natureza popular. Originado particularmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, este movimento foi assim batizado em 1954, quando o crítico inglês Lawrence Alloway assim o denominou, ao se referir a tudo que era produzido pela cultura em massa no hemisfério ocidental, especialmente aos produtos procedentes da América do Norte.

Alguns criadores, inspirados no movimento dadaísta liderado por Marcel Duchamp, decidiram, em fins dos anos 50, se apropriar de imagens inerentes ao universo da propaganda norte-americana e convertê-las em matéria-prima de suas obras. Estes ícones abundantes no dia-a-dia do século XX detinham um alto poder imagético.
A Pop-art representava um retorno da arte figurativa, contrapondo-se ao Expressionismo alemão que até então dominava a cena artística. Agora era a vez da cultura em massa, do culto às imagens televisivas, às fotos, às histórias em quadrinhos, às cenas impressas nas telas dos cinemas, à produção publicitária.
Na década de 20, os filósofos Horkheimer e Adorno já discorriam sobre a expressão indústria cultural, para expressar a mercantilização de toda criação humana, inclusive a de cunho cultural. Nos anos 60 tudo é produzido massivamente, e cria-se uma aura especial em torno do que é considerado popular. Desta esfera transplantam-se a simbologia e os signos típicos da massa, para que assim rompam-se todas as possíveis barreiras entre a arte e o povo. Há um certo fascínio em torno do modo de vida da população dos EUA.
Os artistas recorrem à ironia para elaborar uma crítica ao excesso de consumismo que permeia o comportamento social, estetizando os produtos massificados, tais como os provenientes da esfera publicitária, do cinema, dos quadrinhos, e de outras áreas afins. Eles se valem de ferramentas como a tinta acrílica, poliéster, látex, colorações fortes e calorosas, imitando artefatos da rotina popular.
Estes objetos que integram o dia-a-dia da massa são multiplicados em porte bem maior, o que converte sua concretude real em uma dimensão hiper-real. Enquanto, porém, a Pop-art parece censurar o consumismo, ela igualmente não prescinde dos itens que integram o circuito do consumo capitalista. Exemplo disso são as famosas Sopas Campbell e as garrafas de Coca-Cola criadas pelo ‘papa’ deste movimento, o artista Andy Warhol.
Este ícone da Pop-art inspirou-se nos mitos modernos, como o representado pela atriz Marilyn Monroe, símbolo do cinema hollywoodiano e do glamour contemporâneo, para produzir suas obras. Ele procurava transmitir sua certeza de que os ídolos cultuados pela sociedade no século XX são imagens despersonalizadas e sem consistência. Para isso o artista utilizava técnicas de reprodução que simulavam o trabalho mecanizado.
Nesta salada imagética que constitui a pop-art, o que antes era considerado de mau gosto se transforma em modismo, o que era visto como algo reles passa a ter a conotação de um objeto sofisticado. Isto porque estes artefatos ganham um novo significado diante do contexto em que são produzidos, e assumem, assim, uma valoração distinta.

Frida kahlo-Artes

Frida Kahlo nasceu em 6 de julho de 1907 na casa de seus pais, conhecida como La Casa Azul (A Casa Azul), em Coyoacán, na época uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México e hoje um distrito.
Seu pai, Guillermo Kahlo (1871-1941), nasceu Carl Wilhelm Kahlo, em Pforzheim Alemanha, filho de Henriette Kaufmann e Jakob Heinrich Kahlo. A própria Frida afirmava que seu pai era de ascendência judaico-húngara,3 mas pesquisadores demonstraram que os pais dela não eram judeus, mas luteranos alemães.4 Guillermo Kahlo chegou ao México em 1891, aos 19 anos de idade, e logo mudou seu nome alemão, Wilhelm, para o equivalente em espanhol, "Guillermo".
A mãe de Frida, Matilde Gonzalez y Calderón, era uma católica devota de origem indígena e espanhola.5 Os pais de Frida se casaram logo após a morte da primeira esposa de Guillermo, durante o nascimento do seu segundo filho. Embora o casamento tenha sido muito infeliz, Guillermo e Matilde tiveram quatro filhas, sendo Frida a terceira. Ela tinha duas meio-irmãs mais velhas. Frida ressaltava que cresceu em um mundo cheio de mulheres. Durante a maior parte de sua vida, no entanto, Frida se manteve próxima do pai.
Em 1913, com seis anos, Frida contraiu poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo da vida. A poliomielite deixou uma lesão no seu pé direito, pelo que ganhou o apelido de Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de pau). Passou a usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas pessoais.
Ao contrário de muitos artistas, Kahlo não começou a pintar cedo. Embora o seu pai tivesse a pintura como um passatempo, Frida não estava particularmente interessada na arte como uma carreira.
Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelagem.
Em 1925, aos 18 anos, aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. Então sofreu um grave acidente. Um bonde, no qual viajava, chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou-lhe as costas, atravessou sua pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia. Frida ficou muitos meses entre a vida e a morte no hospital, teve que operar diversas partes e reconstruir por inteiro seu corpo, que estava todo perfurado. Tal acidente obrigou-a a usar coletes ortopédicos de diversos materiais, e ela chegou a pintar alguns deles (como o colete de gesso da tela intitulada A Coluna Partida').
Durante a sua longa convalescença, começou a pintar, usando a caixa de tintas de seu pai e um cavalete adaptado à cama.
Em 1928, entrou no Partido comunista mexicano e conheceu o muralista Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples, num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita frequência temas do folclore e da arte popular do México.
Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit, com Rivera. Entre 1937 e 1939, recebeu Leon Trotski em sua casa de Coyoacán.
Em 1938 André Breton qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declarou mais tarde: Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.
Em 1939 expõe em Paris na galeria Renón et Colle. A partir de 1943 da aulas na escola La Esmeralda, no D.F. (México).
Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea desta mesma cidade organiza uma importante exposição em sua honra.
Alguns de seus primeiros trabalhos incluem o Auto-retrato em um vestido de veludo (1926), Retrato de Miguel N. Lira (1927), Retrato de Alicia Galant (1927) e Retrato de minha irmã Cristina (1928).

Artes: Sé e Pinheiros concentram mais da metade dos pontos culturais de SP

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,obra-de-erika-verzutti-destaca-o-sensorial,1531929O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,obra-de-erika-verzutti-destaca-o-sensorial,15As regiões da Sé e de Pinheiros concentram mais da metade dos pontos culturais da cidade de São Paulo. É o que mostra um levantamento feito pelo G1 com base nos dados da Prefeitura de São Paulo.
São, ao todo na capital, 1.570 locais de cultura listados pela administração municipal. A relação, atualizada, está disponível no site da Prefeitura, em um novo espaço que abriga uma base de dados abertos 
O levantamento da Prefeitura considera como ponto cultural não apenas espaços formais, como bibliotecas e museus, mas também informais, onde há atividades como saraus literários e pequenos shows, como bares e livrarias.
Helen (de cinza) e a amiga, no único espaço cultural de Ermelino Matarazzo (Foto: Isabela Leite/G1)Helen (de cinza) e a amiga, no único espaço
cultural de Ermelino Matarazzo (Foto: Isabela
Leite/G1)
Os dados revelam que algumas regiões periféricas da cidade praticamente não contam com nenhum tipo de equipamento cultural. Em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, há apenas um ponto listado: uma biblioteca pública. Já em Cidade Ademar, na Zona Sul, os moradores têm à disposição apenas uma biblioteca e um espaço que comporta teatro e cinema, ambos dentro de um CEU (Centro Educacional Unificado).
Moradora de Emerlino Matarazzo há 50 anos, a aposentada Clarinda Franchetto reclama da falta de opções culturais no distrito da periferia da cidade. “Eu acho que devia ter mais espaço para arte, exposição, música. São poucos os lugares para levar as crianças”, diz. A neta Helen, de apenas 9 anos, concorda: “Falta muito um teatro e um lugar para brincadeiras”.
Os adolescentes Sara Lopes de Melo, de 17 anos, e Luan Mike Ferreira das Neves, de 16 anos, que vivem em Ermelino, também dizem não ter outra alternativa a não ser frequentar a biblioteca Rubens Borba Morais. "Para a gente ir ao cinema ou ao teatro tem que pagar muito, porque não tem nada aqui", diz Sara, que afirma que o dinheiro do passeio vai todo para o transporte nesses casos.
Para o antropólogo Alexandre Barbosa Pereira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o levantamento mostra a ausência do poder público na periferia. “Mesmo equipamentos públicos que têm na periferia são subutilizados, porque não há um diálogo com a população local para saber o que ela quer em termos de lazer e cultura”, diz.

Pereira diz, no entanto, que isso não significa que não haja cultura e lazer nessas áreas. “Há uma série de iniciativas dos moradores, que têm criado seus espaços. Há, por exemplo, shows de música sertaneja e forró nos mais diferentes botecos, além de bailes funk na rua. Tudo isso também é ação artística-cultural e um forte sinal da falta de equipamentos mais formais.”
“Se não fossem os CEUs (são quase 70 equipamentos culturais ligados a eles), a presença seria ainda mais diminuta nas franjas da cidade”, afirma o professor.

As salas de cinema compõem a principal opção de cultura em São Paulo. São 349. Isso não significa que há uma em cada local, já que em um único shopping, como no Interlar Aricanduva, existem 14 salas.
Logo atrás estão as salas de shows e concertos (276) e as salas de teatro (269). Há ainda 198 galerias de arte, 125 museus e 143 bibliotecas públicas.
Um dado que chama a atenção é a quantidade de pontos particulares. Eles representam 74% dos locais listados pela Prefeitura. Apenas 290 equipamentos (menos de 20%) são municipais. Cerca de 7% são de propriedade do governo estadual.
Na relação, portanto, constam, além de pontos públicos como a Casa das Rosas, a Pinacoteca e a Biblioteca Mário de Andrade, locais particulares como o Bar Brahma, o Studio SP e o Villa Country.
Casa das Rosas 1 - matéria  (Foto: Caio Kenji/ G1)Casa das Rosas, na Avenida Paulista (Foto: Caio
Kenji/ G1)
Pereira diz que é preciso um fomento público maior no setor e cita ações importantes para o estímulo da produção cultural na cidade, como o Programa VAI (Valorização de Iniciativas Culturais), que tem editais para financiar pequenos projetos artísticos de jovens, e a contratação de agentes comunitários de cultura.
“Acho bem interessante e dialoga muito com a perspectiva do francês Joffre Dumazedier, especialista em lazer e uma das inspirações de uma iniciativa bem sucedida no campo da cultura no Brasil, os Sescs. Ele defende a importância de se fomentar animadores culturais que incentivem a promoção de diferentes linguagens artísticas para a população.”
Investimento público
João Brant, coordenador da assessoria técnica da Secretaria Municipal de Cultura, diz que a concentração cultural é uma das maiores preocupações da atual gestão. “Os locais estão onde há mais recursos financeiros. Não devemos entender [a concentração] como algo negativo, pois o problema não é a quantidade no Centro, mas sim a desprorporção na periferia”, afirma.

Brant afirma que a Prefeitura está trabalhando com iniciativas como o programa federal Cultura Viva, que planeja instalar 85 pontos de cultura neste ano em São Paulo, e a plataforma
SP Cultura, que permite que os cidadãos registrem bibliotecas, museus, entre outros locais, em uma mapa colaborativo. O site deve ser lançado oficialmente em julho. Segundo ele, nos últimos anos, houve, de fato, pouca preocupação do poder público em relação ao tema. “Faltam programas de políticas públicas, de incentivo à produção cultural na periferia. Hoje, nós não temos um programa de livre leitura em São Paulo, por exemplo. Não devemos apenas construir prédios, mas estimular a cultura através de programas."
O Theatro Municipal sediou a Semana de Arte Moderna (Foto: Clara Velasco/G1)Uma das propostas da Prefeitura é que grupos que
se apresentam no Teatro Municipal circulem pela
cidade (Foto: Clara Velasco/G1)
“Também queremos descentralizar ações de equipamentos de ponta da cidade, como o Theatro Municipal. Queremos que o coral lírico, o quarteto de cordas e os outros grupos circulem pela cidade. Estamos, inclusive, desenhando um programa para que tenha uma orquestra em cada uma das cinco regiões da cidade”, diz.
Segundo o coordenador, um dos objetivos da administração municipal com os programas é o de estimular uma maior demanda cultural na periferia. “Cria uma pressão positiva para mais espaços de apresentação”, diz.
Para Brant, isso também pode incentivar a instalação de equipamentos privados. “O problema é que essa demanda nem sempre está ligada a recursos financeiros. Por isso, há um papel do setor privado, através de fundações, e também do público, com parcerias público-privadas”, diz.
Dados Abertos
A página Dados Abertos foi lançada pela Prefeitura no início deste ano e conta com quase 5 gb de dados em formato aberto. São bases estatísticas georreferenciadas e bases geoespaciais, cada uma delas acompanhadas por metadados.
Bar Brahma no Centro terá tradicional queima de fogos (Foto: Divulgação)Bar Brahma, no Centro, é um dos pontos
particulares listados (Foto: Divulgação)
Segundo Tomás Wissenbach, diretor do Departamento de Produção e Análise de Informação (Deinfo), da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, a intenção é fornecer dados que possam ser facilmente manipulados. “Há uma demanda cada vez maior por formatos que possam ser retrabalhados e reutilizados em aplicativos e sistemas”, diz.
Além da plataforma, o governo está trabalhando em outras frentes na divulgação de informações públicas. Segundo Wissenbach, já foi disponibilizado um acesso melhorado ao mapa da cidade e uma equipe também trabalha para construir uma nova base cartográfica, com informações territoriais, como lotes, áreas e ruas.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/07/se-e-pinheiros-concentram-mais-da-metade-dos-pontos-culturais-de-sp.html

Artes - Bolsa de artes de Porto Alegre apresenta obras de Túlio Pinto, Martha Gofre e do grupo Ío

Exposição com artistas não representados pela galeria, "Tohu Wa-Bohu" reúne trabalhos que lidam com a força plástica das leis naturais.

                                Bolsa de Arte de Porto Alegre apresenta obras de Túlio Pinto, Martha Gofre e do grupo Ío Anderson Astor/Divulgação

São apresentados 12 trabalhos produzidos desde 2004 e que, reunidos, diluem zonas de distinção entre escultura, instalação, fotografia e performance. O ponto alto da exposição é evidenciar afinidades não imediatas entre os diferentes trabalhos.  


As leis da natureza incidindo como força invisível em situações de limite e tensão. "Tohu Wa-Bohu" apresenta obras criadas no embate com os fenômenos físicos. A  exposição da Bolsa de Arte voltada a nomes não representados pela galeria reúne Túlio Pinto, Martha Gofre e o grupo Ío, formado por Munir Klamt e Laura Cattani. São artistas com diversas exposições, prêmios, projetos e residências realizadas nos últimos anos. Neste sábado (28/6), às 11h, eles promovem um encontro com lançamento de catálogo. A mostra segue até 11 de julho.
Tohu Wa-Bohu é uma expressão encontrada na Bíblia. Aparece em algumas passagens do Gênesis, referindo-se ao vazio e às ausências de tempo e forma que antecedem a origem. Aplicado à exposição, convida a pensar a relação do caos e da desordem com a criação artística.

Na entrada da galeria, Túlio Pinto apresenta "Nadir # 7", com uma grande lâmina de vidro que se mantém inclinada e estática por força de um sistema de cordas equilibrado pelo peso de duas pedras. Há tensão tanto no contraste de materiais rígidos e frágeis quanto no ponto de estabilidade da estrutura, que parece prestes a cair. Na produção de Túlio, são recorrentes os trabalhos em que coloca as coisas em estado de suspensão. É o que ele também faz em "Compensação # 3", novamente com uma grande lâmina de vidro, que atravessa o interior de um cubo de aço vazado e se apoia na lateral de outro cubo, formando uma nova situação em equilíbrio.
A montagem da exposição favorece diálogos dessas obras de Túlio com as do Ío. Em "Princípios do Mundo: Nostalgia", a dupla apresenta uma estrutura de vidro e aço presa à parede, por onde vazou uma considerável quantidade de chocolate branco, quando aquecido e líquido _ e que deixou corrimentos e acúmulos no chão antes de se estabilizar em forma sólida. Com um viés conceitual que recorre a diversos campos do conhecimento, a produção que Munir e Laura assinam conjuntamente sob pseudônimo Ío envolve processos que eles não dominam por completo e que os levam a explorar o acaso e a probabilidade. É o que se constata também na série de fotografias "Halo L", em que registram uma ação no litoral. Na beira do mar, pedaços irregulares de vidro são encravados na areia, como que rasgando a água no movimento de quebra e ir e vir das ondas.
Esse viés de enfrentar as forças da natureza aparece nos trabalhos de Martha Gofre. No vídeo da performance "O Último Camelo", ela tenta puxar por cima do peitoril de uma janela uma série de bexigas de água presas a sua cintura, às costas. Ao longo das repetidas tentativas de esforço para caminhar e, assim, erguer o peso do conjunto, alguns dos balões vão estourando. Novamente, há aqui na exposição a ideia de tensão, mas desta vez sem a busca de um ponto de equilíbrio ou estabilidade. Martha explora os limites e se condiciona às consequências. É o que se vê também na sua série "Intervalo", uma sequência de fotos que mostra duas mãos segurando o que parece ser um rosário de gelo que vai se derretendo.
Além do chocolate e da água, respectivamente nos trabalhos do Ío e de Martha, o efeito das trocas térmicas, e a consequente implicação de tempo nas passagens entre estados físicos, aparece em uma das obras de Túlio. Produzida em sua residência no início do ano em Donetsk, no sudeste da Ucrânia, "Waiting Room" mostra duas fotos do que parece ser um bunker ocupado por cadeiras enfileiradas e alinhadas como soldados de um exército. Na primeira imagem, o conjunto de assentos está harmonicamente inclinado para o mesmo lado por conta dos blocos de gelo colocados como calços. Na segunda foto, as cadeiras aparecem na posição normal no solo, e as poças de água formadas no chão indicam que o processo de derretimento devolveu a estabilidade ao conjunto. Entre o primeiro e o último registro, passaram-se 18 dias.
De outra residência no Exterior, desta vez na Holanda, Túlio apresenta um trabalho para o qual elaborou uma espécie de escultura móvel e maleável formada por balões alaranjados com gás hélio. Ao ar livre, a estrutura está sempre em movimento. Túlio levou o trabalho para alto de um castelo e gravou um vídeo. Ao enquadrar uma paisagem formada por céu e horizonte, colocou os balões em frente à câmera e registrou uma espécie de movimento coreografado pelo efeito de flutuação na gravidade. Do ponto de vista da história da arte, que alimenta tantas colagens, pastiches e releituras contemporâneas, o trabalho remete a um dos grandes marcos artísticos da Holanda, a pintura de paisagem do século 17.
Reunindo obras aparentemente simples, mas com soluções complexas, a exposição "Tohu Wa-Bohu" apresenta um conjunto de trabalhos experimentais de artistas que concatenam o mundo físico em força plástica
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