A menos de 30 km a noroeste de Paris, Auvers-sur-Oise é uma dica
de passeio simpático para quem quiser sair um pouco de Paris e conhecer o cenário de alguns dos quadros mais conhecidos do pintor
holandês Vincent van Gogh. Foi nessa
cidadezinha pacata que o artista passou os últimos 70 dias de sua vida, com uma
produção frenética: quase 80 obras. Ele tinha apenas 37 anos quando se suicidou
em 1890.
De abril até final de agosto, a cidade organiza a
manifestação “Nos Passos de Van Gogh”, destacando a presença do artista no
local, com eventos e exposições temáticas. Um local obrigatório é o albergue
Ravoux, conhecida como a “casa de Van Gogh”. Dos 38 endereços que o artista
teve na vida, é o único em que as condições originais foram preservadas. É lá
que se encontra o mítico quarto retratado nos últimos meses de vida do pintor.
O festival de música previsto para junho vai ter a
leitura das famosas cartas trocadas entre Vincent e o irmão Theo, galerista
instalado em Paris. Essa correspondência mostra a relação estreita entre os
irmãos, evidencia as apreensões do pintor e ilustra o modo de funcionamento do
mercado de artes na época.
Fada verde
Uma visita ilustrativa sobre a época de Van Gogh é
o museu do Absinto, criado há 30 anos por Marie-Claude Delahaye, professora de
biologia celular em curso de Medicina. O absinto, bebida conhecida como “fada
verde”, é feita a partir da destilação de ervas puxando para o anis, com teor
alcoólico acima de 40 graus. Licor que entrou na moda na época dos
impressionistas, elemento imprescindível nas mesas dos bares e nas pinturas, a
bebida chegou a ser proibida na França, acusada de provocar alucinações e
alcoolismo.
Auvers-sur-Oise também abriga pequenos museus e
ateliês, assim como um charmoso castelo do século 17. Em 2015 serão comemorados
125 anos da morte do pintor holandês.
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