segunda-feira, 5 de maio de 2014

Artes

Apenas 17 pinturas feitas por Leonardo da Vinci sobreviveram aos tempos. Ainda assim algumas delas estão inacabadas. E mesmo com tão poucos trabalhos, da Vinci representou o melhor que a Renascença nos proporcionou em termos artísticos.

Leonardo da Vinci
"Mona Lisa" em estampa de selo coreano

A sua mais famosa obra é o quadro “Mona Lisa”, que está em uma sala especial no Museu do Louvre, em Paris (França), desde 1804. Nas poucas vezes em que saiu oficialmente do Louvre – em 1911, o quadro chegou a ser roubado por um funcionário italiano do museu, mas foi recuperado dois anos depois em Florença –, o quadro atraiu multidões. Sua passagem por Nova York provocou congestionamentos e 1,6 milhão de pessoas foram vê-la numa exposição de sete semanas. Mesmo no impressionante acervo do museu francês, o quadro é a principal atração para os cerca de seis milhões de visitantes anuais que por lá passam.

Pintado entre 1503 e 1506, o quadro também conhecido como “La Gioconda” retrata Lisa del Giocondo, esposa de um mercador florentino. O senso de harmonia presente nessa pintura sintetiza a ideia de da Vinci de uma ligação cósmica entre a humanidade e a natureza. Apesar de basear-se nos modelos simples de retratos, na “Mona Lisa” o artista mostra toda sua genialidade em cada detalhe. Da Vinci faz o uso da perspectiva com todas as linhas convergindo para um único ponto de fuga que fica atrás da cabeça da Mona Lisa. Seus conhecimentos sobre anatomia, obtidos em sua temporada num hospital onde dissecou e estudou mais de trinta cadáveres, aparecem nos exatos traçados do corpo retratado, como nos detalhes das mãos. No quadro, ele consegue criar a sensação de feições tridimensionais a partir do uso de luz e sombra. As formas emergem das sombras e se misturam nelas, sem bordas definidas em função do uso de uma gradação contínua de tonalidades sutis de cores. Outra característica marcante do retrato é o enigmático sorriso no rosto da modelo. Ele é o resultado de músicos e bufões contratados por Leonardo para distrair “La Gioconda” enquanto pousava para o retrato. A “Mona Lisa” foi imediatamente reconhecida como uma obra-prima e por séculos tem influenciado artistas das mais diferentes “escolas”. O quadro tornou-se não só o mais popular como também o mais reproduzido de todos os tempos. Entre as versões modernas estão a de Marcel Duschamp que fez uma Mona Lisa de cavanhaque, em 1919, e os silkscreens de Andy Warhol, de 1963. 

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