quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Artes

Instituto Goethe apresenta exposição que destaca a relação da Bauhaus com a fotografia

Em cartaz até 1º de novembro em Porto Alegre, mostra reúne 50 fotografias e trechos de filmes do Museu de Design de Berlim e da Fundação Bauhaus Dessau

25/09/2014 | 18h01
Instituto Goethe apresenta exposição que destaca a relação da Bauhaus com a fotografia Bauhaus-Archiv/Instituto Goethe,Divulgação
Banda musical de alunos da escola que faziam improvisações e se inspiravam no jazz americanoFoto: Bauhaus-Archiv / Instituto Goethe,Divulgação
A influência da Bauhaus é amplamente reconhecida na história da arquitetura e do design no século 20. Menos conhecida é a relação que seus integrantes estabeleceram com a fotografia em uma época em que essa técnica ainda não havia sido assimilada totalmente como linguagem artística.
É esse o tema de bauhaus.foto.filme, em cartaz até 1º de novembro noInstituto Goethe de Porto Alegre. A exposição, que já passou pelo Sesc Pinheiros, em São Paulo, e pelo Oi Futuro, no Rio, reúne 50 fotografias e filmes pertencentes ao Museu de Design de Berlim e à Fundação Bauhaus Dessau, onde estão os mais importantes acervos da escola alemã de design. Embora seja uma mostra de proporções reduzidas, e com imagens apenas em médio formato, vale a visita por oferecer um breve passeio ao ambiente vanguardista da Alemanha nos anos 1920.
A Bauhaus foi fundada em 1919, em Weimar, como uma escola de arquitetura e design. Fruto do espírito moderno da época, buscou aliar arte e funcionalidade com produtos em série voltados às novas necessidades de uma sociedade urbana em crescimento. Em 1925, foi transferida para Dessau, onde funcionou até ser fechada em 1932 pelo conselho nacional-socialista da cidade. Mudou-se para Berlim e teve sua trajetória interrompida pelos nazistas em 1933.
bauhaus.foto.filme apresenta uma seleção de fotografias que mostram o cotidiano de uma escola que buscou se inserir na arena dos movimentos de vanguarda da Europa - futurismo, dadaísmo, surrealismo e os outros "ismos" que hoje formam o conjunto da história da arte da primeira metade do século 20.
São três os vetores da exposição. Um deles contempla a fotografia como registro de peças e projetos, desde fachadas de prédios até móveis e utensílios domésticos. Destaque para a casa geminada dos então professores Paul Klee e Wassily Kandinsky. A outra série traz retratos de mestres e alunos. Por fim, a memória coletiva é exaltada com imagens que documentam o convívio nas aulas, no refeitório, nas sessões de ginástica e nos momentos de diversão, indicando que o espírito de grupo inspirava o ambiente que projetou a Bauhaus ao mundo.
No conjunto, chamam atenção os experimentos com luz e enquadramento, além dos modos de revelação e montagem, indicando que a fotografia, com o advento das câmeras portáteis, e o cinema foram ferramentas criativas para os jovens arquitetos e designers.

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